Pq Olímpico de Deodoro - Plano geral
O Parque Olímpico de Deodoro é a primeira região olímpica em tamanho, com área de 2,5 milhões de metros quadrados, e segunda em capacidade, palco de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas da RIO 2016. As modalidades olímpicas são Canoagem Slalom, Ciclismo (BMX e Mountain Bike), Hóquei sobre Grama, Tiro Esportivo, Pentatlo Moderno, Basquete (apenas o feminino), Rúgbi e Hipismo (Salto, Adestramento e CCE). Já as paralímpicas consistem em Esgrima em Cadeira de Rodas, Tiro Esportivo, Futebol de 7 e Hipismo (Adestramento).
Deodoro oferecerá o maior legado da RIO 2016. Mais do que criar um centro de competições de excelência, o projeto do escritório de arquitetura Vigliecca & Associados teve como principal objetivo o legado olímpico. Diferentemente da maioria das regiões olímpicas na história dos Jogos, o legado irá além da esfera esportiva. Está focado, principalmente, em gerar áreas de lazer para a população.
As modalidades de Canoagem Slalom, BMX e Mountain Bike foram agrupadas em uma mesma área de Deodoro devido a sua afinidade esportiva – todas são consideradas radicais. O projeto deu sentido a esse conjunto de equipamentos, atribuindo a ideia de um parque público, capaz de abrigar instalações complementares, como pista de skate, área para piquenique, salas multiuso e trilhas suspensas, gerando assim o Parque Radical, segundo maior parque público do Rio de Janeiro na região com o maior número de jovens e com um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade.
A criação do Parque Radical reforça as perspectivas de desenvolvimento social e esportivo da juventude local. A previsão é que Deodoro atenda, em legado, a 1,5 milhão de moradores de 10 bairros e três municípios. Com 490 mil metros quadrados, sendo 60% de área verde, o Parque Radical reforça a importância da preservação da vegetação local, que será enriquecida com plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, e contribui para a construção de um vínculo afetivo da população com a cidade por meio da interação com o meio ambiente.
Essa é uma situação única que oferece oportunidade de mudança para a população e consolidação de um dos legados mais simbólicos para o Rio de Janeiro. Um parque urbano, em umas das áreas mais carentes da cidade, que cumpre suas funções socioambientais e conecta o sistema de mobilidade de transporte público, já disponível no local. Um grande parque que está conectado com a cidade. Um equipamento público de escala metropolitana.
Além da função recreativa, o Parque Radical será utilizado como local de treinamento e formação de atletas para as modalidades de Canoagem Slalom, BMX e Mountain Bike. Outro legado de Deodoro será a Arena da Juventude. O edifício, que durante os Jogos Olímpicos sediará competições de Basquete Feminino e do Esgrima do Pentatlo Moderno, irá se transformar em um centro de formação e aprimoramento de atletas, dando continuidade a um trabalho que já vem sendo desenvolvido em Deodoro e foi evidenciado pelos Jogos Pan-Americanos 2015, em Toronto. Quase metade das medalhas conquistadas pelo Brasil – mais precisamente 48% – foram de atletas-militares que integram o Programa de Alto Rendimento dos Ministérios da Defesa e do Esporte.
O Parque Olímpico de Deodoro existe desde 2007, quando foi criado para os Jogos Pan-americanos. Um dos maiores desafios do projeto para a RIO 2016 foi adaptar as instalações esportivas já existentes aos padrões olímpicos e integrá-las às novas, formando uma unidade, e ainda torná-las úteis e econômicas em legado. Acentuaram a complexidade do projeto a declividade do terreno e a presença de uma linha férrea, duas avenidas e um rio que cortam a região.
Por se tratar de uma grande área, Deodoro foi dividido em setor Norte e Sul; o Norte está subdivido nas Zonas A e B; o Sul concentra a Zona C. A Zona A abriga o Parque Radical, que inclui Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, Centro Olímpico de BMX e Parque Olímpico de Mountain Bike. A Zona B é composta pela Arena da Juventude, Centro Nacional de Tiro, Centro Aquático de Deodoro, Estádio de Deodoro e Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama. Já a Zona C é o Centro Olímpico de Hipismo, formado pelo Circuito de Cross Country, Arena Central, Vila dos Tratadores, Clínica Veterinária, Ferradoria, Estábulos, Pista de Treinamento, Coliseu, Girador e Abrigo de Resíduos Orgânicos.
Este projeto é resultado de uma concorrência pública internacional da qual o escritório de arquitetura Vigliecca & Associados, por meio de um consórcio, foi o vencedor. A concorrência, promovida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro em 2013, determinava a elaboração do projeto e do plano geral urbanístico do Parque Olímpico de Deodoro.
Local:
Rio de Janeiro, RJ
Cliente:
Prefeitura do Rio de Janeiro, Ministério dos Esportes
Concurso:
Concorrência pública, 1º Lugar
Área de intervenção:
2.5 milhões de m²
Início do projeto:
agosto 2013
Término da obra modo jogos:
maio 2016
Término da obra modo legado:
dez 2016
Capacidade total de público:
71.800