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Rio Claro - Pátios Ferroviários

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O objetivo geral do Plano de Intervenção é a caracterização das áreas como centralidades regionais, por meio de sua reurbanização, considerando a possibilidade de investimento do capital privado, e seu caráter estratégico no conjunto das ações de interesse municipal.


Considerações gerais:

O Município de Rio Claro encontra-se numa situação histórica que pode ser definida como a grande oportunidade. Perante uma previsão de crescimento populacional e de futuros equipamentos urbanos como Centros de Tecnologia, Universidades, Indústrias, comércio e um quadro de ascensão social bastante acentuado, acentuado a uma pressão da iniciativa privada por novos investimentos. A cidade oferece áreas expectantes de mais de 600.000m² de área vazia dentro da estrutura física consolidada da cidade. Nada mais apropriado que considerar estas ilhas como setores especiais de crescimento e ainda como gatilho de contaminação transformadora para toda a cidade.

Pela experiência internacional dos últimos 20 anos tem se demonstrado que as transformações de valor numa cidade não partiram de planos diretores generalistas, e sim de projetos pontuais em áreas estratégicas.


Descrição das Intervenções para implementação do Plano

Além das considerações gerais feitas acima, outros fatores contribuíram para a definição das alternativas de intervenção e do instrumento urbanístico a ser utilizado na implementação do Projeto de Aproveitamento das oficinas ferroviárias, como:

A localização estratégica da gleba, junto à área central, entre o Shopping1 de Rio Claro e o Distrito Industrial;

A dimensão da área e o caráter da propriedade (de domínio do Estado);

A infraestrutura urbana presente no entorno, que deve ser aproveitada;

A importância desta área como patrimônio cultural de Rio Claro;

As diretrizes do Plano Diretor vigente (1992) para a área das oficinas ferroviárias e entorno, como:

A realização de estudos para a criação de vias marginais às ferrovias;

A realização de estudo de viabilidade para a utilização das faixas laterais ao longo da linha férrea como alternativa para o escoamento do tráfego na zona central da cidade;

O aproveitamento do leito ferroviário existente do centro em direção ao Cervezão como alternativa de avenida de acesso e distribuição;

A manutenção dos trilhos de acesso às oficinas;

A atribuição de novo uso à gare da estação, de preferência com caráter educativo ou cultural;

A atribuição de novo uso aos armazéns da Rua 1B, de preferência com caráter educativo ou cultural;

A utilização das áreas ociosas da Fepasa como áreas verdes destinadas à prática de atividades esportivas ou de lazer.

As diretrizes do Projeto de Lei do Plano Diretor (2006) para a área das oficinas ferroviárias e entorno:

A implantação de uma avenida parque com sistema de ciclovias ao longo do eixo do ramal ferroviário

A importância da atividade industrial para o município, tanto na geração de empregos formais quanto na geração de receita.

O Projeto de Aproveitamento da gleba resultante da relocação das oficinas ferroviárias poderá definir a ocupação desta área por meio de uma mistura entre usos privados ligados à indústria local (principalmente atividades de serviços como hotéis, escritórios, centros de convenções, feiras e eventos, centros de desenvolvimento de tecnologia e de capacitação, entre outros) e usos públicos ligados a equipamentos sociais de educação, cultura, áreas verdes e de lazer, que poderão se integrar em um parque central, o que qualifica tanto as atividades públicas quanto as atividades privadas. O projeto, que irá contemplar a definição de um sistema viário interno à gleba e a melhoria do sistema viário do entorno, também reserva uma porcentagem da área para o uso residencial, como forma de aproveitamento da infraestrutura existente no centro da cidade.

As principais intervenções na área das Oficinas Ferroviárias são:


Parque de abrangência regional

O parque será a grande ação de projeto desta intervenção. Ele poderá atrair e qualificar o uso residencial de comércio e serviços, além de valorizar toda a área de intervenção e seu entorno,
criando um diferencial na área central de Rio Claro.

O projeto propõe esta grande intervenção com aproximadamente 96.000m² que incluem equipamentos de lazer, esportivos e culturais, além de estabelecer um foco de competitiva para toda a região. Ainda o projeto inclui a revitalização dos imóveis históricos das oficinas ferroviárias e a estação para novos usos de interesse coletivo.


Ilha de elevada densidade territorial

Implantação de uma área de elevada densidade, limitada ao setor da intervenção, a fim de alavancar uma nova forma de produção da cidade induzindo um adensamento controlado das áreas urbanas, uma vez que as zonas de proteção ambiental são um fator limitante do espraiamento territorial.


Rede viária, cicloviária e pedestre

Interligação de caráter local e regional para melhorar a acessibilidade dentro da própria área de intervenção e com o entorno próximo, por meio de:

Ligações com a malha viária do entorno através da continuidade do traçado das vias existentes, e do aproveitamento da faixa de domínio da antiga ferrovia, para a implantação de uma ampla avenida de ligação Norte-Sul, com arborização e tratamento paisagístico;

Transposição do parque proposto, por meio de pontes, em pontos estratégicos como a ligação entre as avenidas 20 e 20A; e 12 e 10A, permitindo a continuidade da malha viária da cidade.;

Traçado de ciclovias adjacentes às vias propostas estabelecendo uma malha geral na cidade, a fim de promover um meio de transporte alternativo que facilite os deslocamentos da população;

Implantação de malha com novos percursos alternativos de pequeno porte para pedestres e
ciclistas dentro do parque e nas quadras do seu entorno, permitindo ligações internas da área de intervenção e sua conexão com o sistema de transporte público.


Área para transferência do Paço Municipal

O projeto reserva uma área especifica para a implantação do Paço Municipal, suas Secretarias e Sede do Governo Municipal estabelecendo assim a nova centralidade com instalações funcionais, estacionamentos e uma arquitetura que estabeleça uma representatividade e auto-estima à população.

Local:
Rio Claro, SP

Data:
2008-2009

Cliente:
Prefeitura de Rio Claro

Área de intervenção:
30 ha

Arquitetura e Urbanismo:
VIGLIECCA&ASSOC
Hector Vigliecca, Luciene Quel, Ronald Werner Fiedler, Neli Shimizu, Ruben Otero, Thaísa Fróes, Adda Ungaretti, Gerônimo Stéfani, Ignácio Errandonea, Pedro Guglielmi, Fabio Pittas, Paulo Serra, Luci Maie

Consultora de Urbanismo e Legislação:
Caroline Bertoldi

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